quarta-feira, 10 de setembro de 2008

cartaz


workshop

Workshop de pintura mural coletiva

As práticas de pintura mural coletiva são uma atividade constante desde as origens da humanidade, presente nas manifestações rupestres, na antiguidade clássica do extremo oriente, índia, China, egípcia e greco-romana, chegando até os nossos dias.
A proposta do workshop se apropria das possibilidades de uma produção artística e propõe um espaço de reflexão sobre as possibilidades de uma intervenção positiva dentro da estética da cidade.

Dinâmica da atividade

1º hora
-Apresentação coletiva dos participantes
-Conceitos do Muralismo contemporâneo
-Acordo de colaboração e cooperação
-Exercício de Moto-contínuo

2º hora
-Elaboração conjunta em folha grande de um tema particular (local)
-Procura e entendimento das linhas de força da composição
-Processos de aumento de desenho na parede
-Preparação da parede e das tintas

3º hora
-Pintura e experimentação
-Desenvolvimento

4°hora
-Acabamento
-Limpeza dos materiais
-Bate-papo

Coordenação: Rômulo Alexis e Leila Monsegur

Vagas: 16 pessoas a partir 16 anos (crianças com acompanhamento dos pais).
Inscrições antecipadas e informações: 3723 8511/ 3782 9776 – 11 92002188
Custo de materiais: R$ 10.

Data de realização: 19 de setembro(sexta) de 16 as 20 hs.
Local: Lions Club Butantã, Av Corifeu Azevedo Marques 250(1° ponto de ônibus da corifeu sentido Osasco)

domingo, 7 de setembro de 2008

Política de Exclusão ( parte 1)

Finalmente temos decidido, incorporados como sociedade, a afirmação de que a arte não vai mudar o mundo. Parabéns! Isso tem significado uma liberação, para que uma arte engajada, perturbadora, questionadora da sociedade?
Agora temos o direito de debruçarmos sobre nossas teorias, enclaustrarmos nas faculdades, de ficar discursando no boteco e viver a bonita ilusão do conhecimento, quando concebido como uma jóia, só para nos enfeitar.
Finalmente não é de nossa incumbência mudar o mundo, esse mundo não tem quem mude, e já que não tem, nada melhor que preencher nosso tempo sofismando.
Ocupar esse espaço vazio com mais vazio? A sociedade é feita com base na exclusão?
Fazer o que? Não é com propostas artísticas que isso vai mudar, então melhor direcionar o discurso na tucanice politicamente correta e de moda não momento que e utilizar um monte de palavras na confecção de um estudado sofisma pra não dizer nada e enfeitar os nossos currículos, com pesquisas, artigos, e teorias que não levam a lugar nenhum mais que agradam os nossos egos e nos valorizam socialmente e frente a nos mesmos.
Então beleza, vamos lá! Tem mendigo dormido na rua, não e problema meu, tem cara que ainda no século 21 leva carroça com tração a sangue? Pô, a prefeitura devia dar um jeito com esses fabricantes de engarrafamento!
“Não sou eu não com meu carrão, dirigindo sozinho quem esta piorando o fluxo, o culpado e esse catador de lixo, vai procurar um trabalho decente, é pobre só quem quer! Afinal são Paulo é a terra das oportunidades!!!”
Claro que sim. Oportunidade de ter uma vida miserável, oportunidade de dormir na rua, de comer uma comida podre e caríssima, oportunidade de virar um sub-humano, oportunidade de virar um alienígena que respira mais poluição que oxigênio, e por ai vai...

Com respeito ao ideal plasmado no samba enredo da Vai Vai no carnaval deste ano, motivo que despertou a admiração de todos, jornalistas e publico em geral ( vale lembrar que o tema era a superação das diferenças sócio-culturais dos indivíduos através da arte) e de ressaltar que o lugar de propiciador dentro da sociedade brasileira ainda parece estar ligado ao esforço particular, ligado a ONG e associações ou centros culturais ou ao esforço individual das pessoas, por enquanto o estado nos seus diferentes níveis (federal, estadual ou municipal) observa de fora.
Ate quando o poder político vai favorecer a exclusão social?
Ou será que o projeto político é esse mesmo, a política de exclusão?
E quem duvida, e quem questiona?

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

terça-feira, 25 de março de 2008

Conversas Morenas Contemporâneas

O sonho plástico de uma arte totalmene sujeita à apreciação pública é tangível pela prática do graffiti e das intervenções urbanas (stickers, cartazes, lambes, etc).
Relacionando-as com as prerrogativas de nossa sociedade, seus anseios, suas barbáries, falta à essa prática algum componente ideológico,ou estigmatizadamente falando, político.
No contexto de arte pública o artista trava um relacionamento com o estado, com o poder instituído uma vez que é Este quem deve subsidiar o acesso e a produção de arte pública para as populações.Ao artista cabe a função de realizar algo que ecoe naquela realidade numa linguagem estética, num desing de significados que reservem algum reflexo senão crítico, poético.
A verdade de um artista não pode estar alheia à realidade estatizada e desigual da sociedade brasileira com toda sua herança de coronelismo, violência extremada contra as manifestações de revolta popular, seu sistema educacional falido, a corrupção macunaímica do jeitinho brasileiro e todo o processo de exclusão instituído.Isto, se não causa a menor pulsão reflexiva na derme sensível do artista demonstra que este não passa de um imbecil passivo ou de um alienado indiferente.
O intelectual, o artista, devem para a sociedade o ônus de sua formação, devem também trabalhar para melhorar a sociedade, pensá-la e propô-la, ao menos propor-se a modificá-la, no entanto no Brasil esta classe estabelecida ignora senão estas questões,qualquer tipo de imersão mais séria de pensamento ou ação neste sentido.Isto não lhe cabe, não lhe interessa enquanto fruição e mergulho na contemporâneidade, não lhe compete.
Apenas conversas morenas em cubos e papos de bar para se pavonear o que acaba refletindo o calcanhar de aquiles de todo artista seja plástico, visual, ator, músico, poeta, escriba, vazio feito um vidro com todo seu ego sufocando seu espírito.